(Projeto de Poesia a Conto)
Imaginei-me só contigo
E pensamentos tornaram-se só
Palavras ao vento lançadas.
Colhi-as em forma de pétalas
E sonhos foram-se
E deram-se
Em passarelas pisadas.
Sonhos se foram
E alegrias se tornaram,
Em amigos
Fomos eternizados.
Manhã. George elevou seus olhos para o teto. Coçou a barba o que sempre fazia quando
sentia tédio. Imaginou-se de pé, se manteve sentado, não se animou em ficar de
pé.
Os risos de Fabi eram altos. Bem comunicativos.
Seus cabelos longos entravam em contato com o vento suave do
meio dia. Pareciam amigos de longa data.
Fabi era tão extrovertida que até seu amigo mais tímido
colocava por um tempo a timidez na calçada para melhor se aproveitar da
companhia da amiga.
O bairro estava movimentado e seus moradores agitados igual
as lojas do centro da cidade em dia de pagamento.
Os passos curtos e tranquilos de Fabi acompanhavam a
conversa divertida que ela tinha com os amigos.
Os passos largos e rápidos de George ganhavam rapidamente à
calçada. Estava ansioso em chegar ao banco que ficava na avenida uma rua após
terminar a ultima esquina do bairro. Estava com pressa, era sábado. O banco
fecharia logo. Não queria ir à lotérica. Pensando nisso apressou-se ainda mais.
Surpreendentemente os dois iriam se encontrar de uma forma
cômica. Seus olhos se cruzariam e...
Quem os visse acreditariam que há muito se conhecem.
Inacreditável. Os amigos de Fabi pensaram exatamente isso. Que eram velhos
conhecidos.
Porém o silêncio entregou o segredo. Não se conheciam.
Os amigos engoliram o constrangimento em seco.
Fabi deu um passo pra traz.
George pensou em recuar. Mentalmente ensaiou umas palavras,
porém o silêncio, tratou de ser soberano.
Aquele momento foi totalmente único, este foi o diagnóstico
de George. Deixou o dinheiro do pagamento sobre o criado mudo. Foi uma trombada
ímpar.
Vai ficar pra história. Pelo menos para ele. Concretizou
George deixando o corpo cair sobre o sofá e com os olhos meio que sonhador via
detalhadamente aquele encontro com Fabi. Olhava para frente tão fixamente como
se visse um holograma via cúpido em sua sala.
Fabi continuava a conversar animadamente com seus amigos.
Mal se lembrava da quase trombada com o estranho. Considerava o momento como
normal. Conforme ela pensava, a estática era veraz nessa situação: a cada dez
pessoas duas correm dar uma trombada no cruzamento de uma esquina.
Era simplesmente caracterizado como rotina de um ser humano.
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